D&D 4E: A Segunda Chance


Ola leitores, tudo bem? Semana passada eu e meu grupo tivemos uma experiência traumática jogando D&D4 - veja o ultimo Desabafo de um RPGista - mas, mesmo assim, resolvemos retornar a aventura Fortaleza no Pendor das Sombras essa semana.

Dessa vez o grupo tinha 4 jogadores, eles estavam mais equilibrados e já sabiam mais ou menos o que deviam fazer. A sensação que tive era estar mestrando um jogo de video game que alguns jogadores ja tinham começado a jogar, mas decidiram por reiniciar a "gravação", dois dos jogadores desse ultimo sabado ja haviam jogado e mantiveram os personagens, só que com descrições diferentes (mago humano e o draconato paladino), os outros dois jogadores escolheram um Tiefling warlord e um guerreiro anão.



A aventura começou do mesmo jeito que a semana passada, o grupo estava andando pela estrada quando foram atacados por kobolds. Esse combate foi como um tutorial, como dois dos jogadores não sabiam nada no 4ª edição foi importante ter essa "emboscada" no começo para eles se acostumarem com o sistema.

A grande questão que me chama atenção no D&D 4 são os combates, é até divertido poder escolher entre varios poderes, lembra muito jogos online (MMORPG), eu até tenho explicado os poderes por encontro e diarios como se fossem poderes que precisam de um tempo para poderem ser recarregados. O chato é que os combates demoram milhões de vezes mais e uma aventura que acabou tendo 4 combates e quase nenhum roleplay acabou durando 5 horas! Óbvio que jogadores mais acostumados demorariam menos, mas, mesmo assim, é muito tempo para combates simples.

Outra coisa que não entendo é o exagero na quantidade de Minions em cada luta - minions seriam aqueles inimigos que são muito fracos (1 PV), mas vem em grandes quantidades, como os bonecos de massa dos power rangers. Todo combate tinha entra 5 ou 10 minions, eles eram fracos e chatos de se usar como mestre, pra mim seria muito melhor se tivessem menos inimigos só que mais equilibrados entre si.

O grupo consegue seguir seu caminho para o Abrigo do Inverno, eles já estão viajando a dias desde que receberam uma missão de mapear antigas ruínas perto do abrigo.Chegando no local logo procuram uma taverna para se divertir e buscar informações, la eles ouvem falar da ruina do local, mas apenas o Lord Padraig (regente do abrigo) poderia dar mais informações.

Antes de sair do local ouvem sobre alguns aventureiros que estavam na cidade dois dias antes procurando por um tal de Dove.

O grupo segue para os muros que dividiam a cidade e pedem para falar com o Lorde Padraig, primeiro eles conversam com os guardas e conseguem convence-los a chamar o regente. Padraig diz que precisa de ajuda para lidar com Kobolds que atacam constantemente a região, ele diz que a ultima caravana de mercadores da cidade foi interceptada em algum lugar a nordeste e que ele suspeita que seja lá o covil das criaturas.

Antes de partir o grupo pede uma carroça com caixas e barris vazios, tudo fazia parte do plano de fingir ser novo comerciantes passando pela estrada prontos para ser assaltados. O grupo se esconde e o mago senta a frente, os outros ficam atrás e o anão escondidos dentro de um bau grande.

Durante a viagem são atacados por assaltantes kobolds que são surpreendidos pelo grupo dentro da carroça, um combate sangrento no meio da estrada é iniciado, tão sangrento que até o cavalo da carroça morre (nãããão!), o grupo é vitorioso mas acaba gastando algumas técnicas importantes.

Dois jogadores utilizaram seus poderes diários durante o combate, isso não foi bom. Para quem não sabe os poderes diários são os mais fodões que o seu personagem possui no 4E, por exemplo, o poder diário do guerreiro anão tirava 6d6+3 de dano, no primeiro nível! Os jogadores usaram na hora errada e eu sugeri que todos descansassem durante 6 horas para recuperar todos.

O goblin mais forte que já vi
O grupo segui seu caminho até chegar próximo a uma cachoeira, a única pista que o Lorde do abrigo disse foi de a cachoeira ser o possível covil. Se esgueirando por entre as arvores os personagens encontraram vários kobolds que começaram a ataca-los depressa, eles estavam em maior numero e foi difícil enfrentar tantos inimigos se posicionando nos melhores lugares para atacar.

No fim do combate o grupo recuperou seu folego e entrou por baixo da cachoeira seguindo um kobold que fugiu, mas o que viram não era bom. Esperando por eles estava um pequeno exército de criaturas dracônicas, eram kobolds de todos os tipos e tamanhos e foi ai que o bicho pegou.

O grupo teve que se esforçar e se posicionar bem durante o combate, poderes diários e pontos de ação conseguidos foram gastos para manter vivos os personagens até a hora que o grande chefe daquele grupo de kobolds chegou, Dente-de-ferro era um goblin forte e musculoso com um machado de duas mãos e trouxe outros amigos para o combate.

A situação que já não estava boa piorou, mas num momento de sorte impressionante o mestre (eu) começou a tirar vários números abaixo de 5 seguidos, todos os poderosos ataques do goblin eram em vão enquanto os personagens tiravam críticos seguidamente. O anão tirou crítico com seu poder diário, um fdp ele ¬¬'

No fim Dente estava cercado e lutava com os 4 sozinho, ele estava em fúria e brandia o machado com precisão. O paladino e o mago foram derrubados, restando ao warlord e ao guerreiro destruir o vilão.

O veredito
 
Dungeons and dragons 4 é um jogo divertido, estratégico e inteligente, ele é muito mais um wargame do que um RPG e com mecânicas demais para um jogador ou grupo iniciante. Me diverti jogando a fortaleza, mas confesso que não tenho saco para continuar mestrando-a, por isso meu grupo vai voltar a jogar a campanha de tormenta RPG.

Se você tem interesse em jogar o D&D 4 jogue, não é um jogo ruim, só não é do jeito que eu esperava. A parte tática dele esta quase me convencendo a começar a usar miniaturas no Tormenta, mas do meu jeito e não do jeito da wizard of the coast.

E você leitor, o que acha?

Abraços ou beijos

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